Copa do Mundo: time do vinho está em campo

Por Lalá Ruiz*

Neste domingo, 20 de novembro, começa a Copa do Mundo 2022, no Catar. O Brasil estreia no mundial de futebol no dia 24, contra a Sérvia. A seleção do vinho, contudo, já está em campo para enfrentar a hegemonia cervejeira na hora de brindar as vitórias (ou chorar as derrotas) da equipe nacional – afinal, ninguém esquece aquele fatídico 7×1 da Alemanha no Mineirão em 2014. Assim, várias lojas e vinícolas estão com promoções, principalmente de espumantes, de olho na festa do futebol.

Nada mais natural. Assim como o futebol, o espumante não é uma invenção brasileira, mas é uma bebida que tornou o país uma referência de qualidade. Nossos espumantes estão entre os mais prestigiados do mundo. De olho no Mundial, a Casa Perini, por exemplo, uma das mais tradicionais vinícolas do país, lançou uma edição limitada de espumante alusiva ao torneio. Trata-se do Espumante Casa Perini Moscatel Edição Copa 750ml, disponibilizado com três versões de rótulo.

A Vinícola Buffon, que assim como a Casa Perini é do Rio Grande do Sul, lançou o Combo Hexa, que reúne não só espumantes – no caso, o Brut Charmat e o Nature Viognier -, mas também o tinto Barbera, considerado um vinho leve, daqueles de dia a dia. Ou seja: oferece uma chance ao torcedor de ir além na comemoração e explorar os bons tintos que têm ajudado a fazer o nome do Brasil mundo afora.

E além de degustar os vinhos nacionais, a Copa do Mundo dá a oportunidade aos mais aventureiros de conhecer os vinhos dos nossos oponentes. Já na primeira fase do torneio, o Brasil, que está no Grupo G, encara dois tradicionais produtores da bebida: a própria Sérvia, sua adversária na estreia, e a Suíça.

Vinho servido no Titanic

A cultura do vinho é milenar na Sérvia, e o país possui várias regiões e rotas vinícolas. Seu vinho mais famoso é o Bermet, um clássico que foi servido até mesmo no Titanic. Trata-se de um vinho de sobremesa muito aromático cuja doçura esconde um teor alcoólico que varia entre 15 e 18%. Aqui no Brasil, é possível encontrar rótulos mais contemporâneos como o Chicha Reserva Merlot 2014, da Vinícola Skrbic, ou o Jeremic Kanon Merlot & Cabernet Sauvignon, da Jeremic Winery.

A Suíça, por sua vez, ocupa o 20º lugar no ranking mundial de produção de vinho. Isso porque as condições climáticas do país limitam a produção da bebida, quase toda consumida localmente – a exportação fica em torno de 2% apenas. Tanto que, para suprir a necessidade anual da população, que é de 33 litros per capita, a Suíça importa muito.

Sua produção, contudo, engloba desde uvas tradicionais como Chardonnay, Pinot Gris e Sauvignon Blanc até cepas nativas, tais como Amigne, Petite Arvine, Humagne Blanc, Humagne Rouge e Cornalin Completer. Assim, se você encontrar um vinho suíço por aí, não perca a oportunidade de experimentar.

Além de Sérvia e Suíça, o Brasil ainda enfrenta Camarões na fase de grupos da Copa do Mundo do Catar. O país não produz vinhos, e sua bebida típica é o Matango, um destilado feito a partir da seiva da palmeira. Aliás, vale ressaltar que, dos 54 países do continente africano, apenas oito produzem vinho: África do Sul, Argélia, Marrocos, Tunísia, Madagascar, Egito, Zimbábue e Etiópia.

EM TEMPO

Uma dica para quem está em Curitiba

O restaurante Ile de France recebe a embaixadora da vinícola italiana Argiano, Margherita Mascagni, nesta segunda-feira (21/11). A parceria com a distribuidora Mise en Place dará aos clientes da casa a oportunidade de provar quatro rótulos da vinícola, sendo que os valores dos vinhos em taça vão variar de R$ 26 a R$ 146 e em garrafas a partir de R$ 174. Entre os rótulos estão um Brunello di Montalcino e um Supertoscano.

Fundada em 1580, a Argiano é uma das vinícolas mais antigas e respeitadas da Itália, localizada na Toscana. Foi uma das responsáveis pela organização do Consorzio di Brunello Di Montalcino, composto por um seleto grupo de 25 vinícolas. O Ile de France fica na Avenida do Batel, 1.550, Espace 4, Curitiba (PR).

Reservas: (41) 3223-9962 e 3232-7220 ou WhatsApp (41) 3223-9962.

*Lalá Ruiz é jornalista formada pela PUC-Campinas. Trabalhou no extinto jornal Diário do Povo e no Correio Popular, ambos de Campinas (SP). Gosta de rock, blues, jazz, Clube da Esquina, pop latino, flamenco, literatura, televisão e cinema. É torcedora do Santos F.C. e criadora do IG @oassuntoevinho.