E que venham as castanhas!

Embora estejam à disposição para consumo em qualquer época, as castanhas costumam ser mais requisitadas no período das festas de final de ano por pura tradição e por também conferirem charme especial à mesas das ceias de Natal e Reveillon, além de agregar sabor e textura às preparações destas ocasiões.

O interessante é que o costume de comer castanhas nesta época remonta há millhares de anos, têm relação com o solstício de inverno e significados variados para diversos povos. Dizem por aí, por exemplo, que os romanos acreditavam que cada tipo de fruto seco tinha uma simbologia: as avelãs evitavam a fome, as nozes relacionavam-se com a abundância e prosperidade, as amêndoas protegiam as pessoas dos efeitos da bebida. Então bem que faz sentido comê-las em um momento de confraternização e que os abusos à mesa são praticamente inevitáveis.

Para os brasileiros, certamente o consumo dos frutos secos possui forte influência portuguesa. Isso porque no norte daquele país, no início de novembro, as castanhas  são obrigatórias nos magustos – festas populares realizadas em volta de uma fogueira sempre de 1 a 11 deste mês, quando se comemora o dia de São Martinho – um santo que representa atos de gentileza e está ligado à castanhas e ao vinho, cuja presença é obrigatória em sua festa.

Seja por qual motivo for, comer castanha é um excelente hábito, pois além de deliciosas vêm carregadas de nutrientes benéficos aos seres humanos.