Por Érika Soares
Foto: Restaurante Dom Francisco
Terrine de surubim defumado com chutney de pimenta biquinho; coxa de frango ao molho de jatobá e cajuí acompanhado de musseline de cará do cerrado (foto); mousse de araticum; brigadeiro de pequi e leite aromatizado com óleo de coco gueroba. Essas são algumas das delícias servidas durante esta semana, até dia 20 de setembro, em mais de 50 estabelecimentos do Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso, que participam do Festival Gastronômico Cerrado Week.
Sem dúvida é uma boa dica para quem mora ou estará de passagem por cidades dos três estados (você pode conferir a lista de restaurantes e menus aqui), mas bacana mesmo é ver esse movimento de valorização das riquezas deste que é o segundo maior bioma brasileiro, presente em oito estados – cerca de 22% do território nacional.
Os frutos do cerrado – como pequi, buriti, castanha de baru, cajuzinho do cerrado, jatobá, cagaita, bacupari, gueroba e araticum, por exemplo – possuem sabores exóticos que ficam perfeitos nas mais variadas preparações – de entradas às sobremesas.
E valorizá-los é realmente importante, visto que muitos deles correm risco de extinção. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana e apresenta um progressivo esgotamento de seus recursos naturais.
Essa realidade fez com que o movimento Slow Food (leia mais sobre ele aqui) incluísse vários na Arca do Gosto – uma iniciativa que visa “identificar, localizar, descrever e divulgar sabores quase esquecidos de produtos ameaçados de extinção, mas ainda vivos, com potenciais produtivos e comerciais reais”. É o caso da Mangaba, da Cagaita e do Pequi, entre outros.
Em campinas, você pode encontrar algumas dessas preciosidades no Mercado Municipal e muitas delas são muito fáceis de agregar aos seus pratos. Confira algumas receitas no site do Slow Food e aproveite saborosamente o que o cerrado oferece à todos nós.
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