Gastronomia: é cultura e também é arte

Gastronomia é arte e seus agentes demonstram seus dotes na preparação e apresentação dos alimentos, segundo normas gastronômicas ou dietéticas, zelando pela harmonia entre os insumos, as especiarias e os ingredientes, pela combinação de tradição com criação.

Carlo Petrini, fundador do movimento Slow Food, a considera como uma arte que busca surpreender o paladar e provocar a memória palato-olfativa dos comensais, que pretende espelhar a complexidade do mundo de hoje e da história passada, o entrelaçamento de culturas, a sobreposição de diferentes filosofias de produção, bem como produzir o alimento em consonância com o meio ambiente.

“A questão gastronômica é estética e filosófica. A cozinha relaciona-se com as belas artes e com as práticas culturais das civilizações de todas as épocas, representa tanto quanto a pintura, sonatas, esculturas, peças de teatro ou arquitetura”, diz o filósofo francês Michel Onfrey em seu livro A razão gulosa. Filosofia do Gosto.

Por isso, nada mais justo ser considerada com um importante inventário patrimonial. Tanto que O escritor português Albino Forjaz Sampaio chegou a classificá-la como a nona arte, no livro Volúpia: A nona arte: A Gastronomia, publicado em 1940.

Embora essa classificação, não seja confirmada em listas que enumeram as artes existentes no mundo, a autora de diversos livros do gênero Márcia Algranti também traz argumentação neste sentido: “A cozinha que não era assunto para conversas em salões passou para outro patamar quando a gastronomia foi oficialmente classificada como a Nona Arte apenas algumas décadas atrás, e admitida no tradicional Salão de Outubro, em Paris (1923).

Seja nona, décima, ou qualquer outro número, sim gastronomia é arte. Basta olhar e degustar um belo e saboroso prato, como esse que ilustra esta matéria, para confirmar essa teoria.

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