Sabores e encantos da Rua do Porto


Por Edu Oliveira

Fotos: Mario Medeiros

“Pamonhas, pamonhas, pamonhas. Pamonhas de Piracicaba…”. Se você já escutou esse famoso pregão em alguma cidade do Brasil, obviamente já ouviu falar deste município, localizado a aproximadamente 160 quilômetros da capital paulista.

E se já teve a curiosidade de conhecer a cidade para provar a tão divulgada iguaria, saiba que a “terra da pamonha” faz sucesso também entre os turistas pela variedade de peixes servidos às margens do rio que leva o nome do município.

Onde o peixe para

Casas históricas dão um toque rústico e aconchegante à orla

Na língua tupi, Piracicaba significa “lugar onde o peixe pára”. E, definitivamente, pára mesmo – nos tambores dos restaurantes e nos pratos dos clientes. O famoso peixe no tambor é encontrado na Rua do Porto, tradicional ponto localizado próximo à região central da cidade e habitado principalmente por pescadores e construtores de barcos que mantém as charmosas casas históricas e que ajudam a conservar a tradição ribeirinha e as lembranças da fundação de Piracicaba.

Esta região é passagem obrigatória para quem quer conhecer alguns atrativos turísticos da cidade, como o Engenho Central, o Museu da Água, a Casa do Povoador, a Casa do Artesão ou o Casarão do Turismo. E costuma ser bastante visitada pelos turistas interessados nos passeios de barco pelo rio e de balão pelos céus do município.

Rio, vegetação nativa e aves de diversas espécies compõem o cenário

Em toda a extensão da Rua do Porto, que engloba as avenidas Beira Rio, Alidor Pecorari e Cruzeiro do Sul, diversos restaurantes, com mesas e cadeiras espalhadas pelo calçadão, disputam a preferência dos clientes que optam pela tranquilidade de fazer uma refeição enquanto contemplam o rio que atravessa a cidade.

Peixe no tambor

O difícil é escolher em qual restaurante se acomodar, pois, além de serem muitas as opções, a oferta é aparentemente a mesma: a gastronomia à base de peixes dita o paladar dos centenas de turistas que por ali passam, principalmente, durante os finais de semana e feriados.

Os chamados peixes no tambor, que são assados em grelhas ao ar livre, exalam seus aromas pela orla da Rua do Porto e o convite para degustá-los torna-se irrecusável, principalmente pela oportunidade tanto de poder escolher o peixe a ser consumido quanto de ver, sem precisar sair da mesa, os funcionários assando e temperando aquela iguaria.

As opções são variadas para quem aprecia um bom “peixe no tambor”

Os peixes mais procurados pelos visitantes são o pintado, o filhote (tanto a posta como o lombo), a piapara, o tambaqui e o salmão. A maioria vem acompanhada de arroz, limão e molho tártaro. Têm outras opções e receitas também, como o cuscuz de peixe, que é um dos mais vendidos pelos restaurantes dali.

É importante lembrar que, para quem não consome peixe, não faltam saladas, porções e pratos à base de frango e de carne vermelha. E nunca é demais lembrar também que uma cerveja gelada ou uma caipirinha combinam perfeitamente com o clima local.

Passado o momento sagrado da refeição, é hora da sobremesa, certo? Aí sim, vale a pena procurar pela cidade pelas famosas “pamonhas, pamonhas, pamonhas…”. Afinal, elas também são de Piracicaba.

Serviço

Para quem sai de Campinas, a distância até Piracicaba é de 75 quilômetros e há dois pedágios, sendo um na ida e outro na volta (na Rodovia Anhanguera). Os restaurantes da orla da Rua do Porto funcionam todos os dias, no almoço e no jantar.

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