Polenta frita: delícia para comer no boteco

Por Andréa Jordão

Frita, cremosa, ao ponto. Seja como for, a polenta é sucesso na mesa, seja em uma reunião de família ou em restaurantes e botecos.

As inúmeras variações na textura conferem à iguaria um status de acompanhamento coringa. Pode ser servida mais mole com peixes ou mais consistente com carnes vermelhas, por exemplo.

Mas na versão frita, em forma de palito ou cortada em cubinhos, é que ela se faz presente nas churrascarias, bares e choperias de Campinas, dividindo de igual para igual, o espaço com as batatas e mandiocas.

Crocante por fora, macia por dentro, ela acompanha muito bem a cerveja gelada dos adultos e o suco ou refrigerante das crianças. E se vier com uma cobertura de queijo parmesão fica ainda mais especial.

Mas foi longo o caminho, até que a polenta chegasse na fórmula atual que conhecemos. Demorou também para cair no gosto dos brasileiros e ganhar espaço cativo nos cardápios dos estabelecimentos gastronômicos.

Essa delícia que vem do Norte da Itália, onde ainda é um prato muito consumido, costumava ser feita no passado com farinhas de aveia ou de trigo. A inserção do milho ocorreu somente depois da chegada dos espanhóis ao Caribe em 1492. E foi a partir daí que ela se tornou o prato mais consumido pelos italianos, principalmente nas regiões de Veneza e Friuli. Não demorou até que a polenta substituisse o pão de farinha branca e o macarrão dominando o cardápio de toda Itália na época.

O prato chegou ao terras brasileiras com os imigrantes italianos e demorou um pouco para ser aceito por aqui, chegando a ser considerada “comida de pessoas menos abastadas”. Atualmente, a polenta é servida em restaurantes renomados. Além do Brasil, é bastante consumida na Argentina e no Uruguai, por exemplo.

Uma das melhores características da polenta é, sem dúvida, sua versatilidade, pois harmoniza com diversos tipos de molho e recheios, aceitando temperos e queijos variados. Basta usar a imaginação e degustá-la da forma que mais apetecer ao seu gosto.