O Brasil foi um dos países que divulgou nota, recentemente, durante reunião de Líderes de Agricultura do Hemisfério Ocidental, “em defesa da segurança alimentar global e do comércio agrícola, com base em princípios científicos e de análises de risco”.
Mas alguém tem que alertar o Governo que liberar registro de 169 novos agrotóxicos para serem usados no país, em 5 meses, vai totalmente contra o objetivo de segurança alimentar. Dos últimos 31 novos produtos liberados pelo Ministério da Agricultura (o que ocorreu no dia 21 de maio) oito são classificados como extremamente tóxicos; cinco estão na categoria de altamente tóxicos; 13, medianamente; e cinco, pouco tóxicos. Para o meio ambiente, todos são perigosos, sendo 13 considerados muito perigosos e um altamente perigoso.
Nesta toada, chegaremos a 365 agrotóxicos liberados até o final do ano, visto que o número até aqui representa 1 produto por dia.
Agora assuste-se. Segundo levantamento da Fiocruz, cada brasileiro consome por ano, em média, 7,3 litros de agrotóxicos. Isto significa, entre outras consequências, mais casos de câncer e puberdade precoce. Sem falar nas mortes por consequência deste consumo, que chega a 200 mil casos por ano. Os números são da Organização das Nações Unidas.
Vamos na contramão da Europa, que está cada vez mais rígida sobre as regras destes produtos. De acordo com o livro É Veneno ou É Remédio?, Agrotóxicos, Saúde e Ambiente, “quando aplicados sobre os campos de cultivo, os agrotóxicos podem atingir os corpos d’água, diretamente, através da água da chuva e da irrigação ou, indiretamente, através da percolação no solo, chegando aos lençóis freáticos. Outra forma de contaminação indireta ocorre com a pulverização de agrotóxicos, que podem ser transportados por correntes aéreas e se depositarem no solo e na água, distantes das áreas onde foram originalmente usados. O transporte atmosférico também ocorre por volatilização dos compostos aplicados nos cultivos e pela formação de poeira do solo contaminado”.
Todos saem perdendo! Entre Sabores diz Não à liberação desmedida de agrotóxicos!
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