Por Érika Soares
Fotos Camila de Oliveira
Em 24 de maio é comemorado o Dia Nacional do Café. Uma bebida que está presente na dia-a-dia de boa parte dos brasileiros. Tem lugar na primeira refeição do dia, logo após o almoço e nos intervalos de trabalho. É oferecido às visitas em casa e está sempre à disposição nas reuniões de negócio.
Tomar café aquece nos dias frios, é uma forma de passar o tempo em uma sala de espera, serve de motivo para quebrar a rotina profissional e ainda relaxa, ao mesmo tempo que funciona como estimulante para continuar a labuta.
A cultura ou hábito da degustação e apreciação do café pelos brasileiros percorreu um longo caminho para chegar até aqui. O início deu-se com o cultivo das primeiras mudas em Belém, em 1727, trazidas da Guiana Francesa pelo Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta. E se espalhou de forma relativamente rápida pelo país, que possui condição climática adequada.
O desenvolvimento do Brasil está intimamente ligado ao café, que durante quase um século foi a grande riqueza do país, sendo chamado por muitos de ouro verde. A história dessa bebida tão significativa para os brasileiros pode ser apreciada em exposição do Museu do Café, em Santos, São Paulo, onde fotografias, maquetes e painéis contextualizam a riqueza trazida pelo café e o desenvolvimento impulsionado pela cafeicultura, como a expansão da malha ferroviária paulista.
Da queda, iniciada com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, em outubro de 1929, que abalou a economia cafeeira – quando milhões de sacas de café foram queimadas e cafezais erradicados – até o equilíbrio da economia mundial, o Brasil perdeu espaço para outros países produtores.
No entanto, as terras verde-amarelas ainda são responsáveis atualmente por 30% do mercado internacional do café, o maior produtor mundial. No que diz respeito ao consumo da bebida o Brasil fica em segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos. As informações são da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC).
Café em Campinas
Campinas já foi um dos grandes polos produtores de café no país. As culturas estendiam-se em largas superfícies uniformes, cobrindo a paisagem a perder de vista, formando os famosos “mares de café”.
“Na região, os cafezais sofriam menos com esgotamento dos solos pela superfície plana da região, que facilitava ainda a comunicação e o transporte e proporcionava uma concentração da riqueza. Enquanto no Vale do Paraíba foi estabelecido um sistema complexo de estradas férreas, nessa nova região foi implantada uma boa rede de estradas rodoviárias e ferroviárias. Com este novo pólo produtor, o café mudou seu centro de escoamento, sendo toda a produção do oeste paulista enviada a São Paulo e depois exportada a partir do porto de Santos”, conta a página da ABIC na internet.
2 Replies to "Café brasileiro: cultura, tradição e sabor"
Julio Bianconi 4 de junho de 2013 (05:45)
Visite o Museu da Cidade de Campinas e a Estação Cultura que são mostras interessantes da arquitetura do período de grande desenvolvimento da cultura e indústria cafeeira da região.
Café, um alimento funcional | Entre Sabores 14 de abril de 2014 (11:56)
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