Pão: alimento milenar de boa parte dos povos

 
O pão é a base da alimentação da grande maioria dos povos. Além de alimento nutritivo, também é carregado de simbologias e expressões religiosas. Pode, por exemplo, representar o corpo de Cristo nas cerimônias cristãs, ou, no judaísmo, o maná caído do céu enviado por Deus em um momento de fome no deserto.
Seja qual for a forma de preparo do pão e os ingredientes usados na atualidade, o fato é que a história deste alimento confunde-se com a trajetória da civilização, como apontou o autor do livro Seis mil anos de pão, Heinrich E. Jacob.
Conhecido desde o período Neolítico, os primeiros registros do pão são da época de Ramsés II, no Egito. Cultivadores de trigo, os egípcios trituravam os cereais com pedras, amassavam com água e depois assavam a massa em pedras quentes ou sob cinzas. Foram eles, inclusive, os responsáveis pela descoberta do fermento levan.
Os gregos, que compravam trigo dos egípcios, deram ao pão inúmeras versões, com diversos modos de preparo, acrescentando ervas, sementes, frutas e óleos vegetais à massa. Por isso, são considerados os melhores padeiros da antiguidade.
Já os romanos, transformaram o pão em um instrumento de políticas de conquistas e de manutenção da ordem no Império. O grande poeta satírico Juvenal dizia que os únicos interesses do povo romano de sua época era pão e circo (Panis et circenses), um termo que é conhecido em todo o mundo.
No Brasil, apesar dos portugueses terem trazido o pão de trigo para as terras verde-amarelas já no início da colonização, o consumo de pães só se popularizou após o século XIX, pois o hábito por aqui era comer produtos feitos a partir da farinha de mandioca.
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Referências
– História, Lendas e Curiosidades da Gastronomia, Roberta Malta Saldanha.
– História da Alimentação no Brasil, Luiz da Câmara Cascudo.

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