Com o objetivo de arrecadar recursos financeiros para continuar com seus projetos por uma agricultura melhor e defender a biodiversidade, o movimento Slow Food realiza a campanha Ame a terra – Defenda o futuro. Todos podem participar doando qualquer quantia.
A ideia é evitar que mais e mais espécies de animais e plantas sejam extintos, uma situação que ocorre cada vez em maior velocidade segundo o biólogo Edward O. Wilson. Ele afirma que as variedades vegetais e as espécies animais se extinguem num ritmo de 27.000 por ano – 72 por dia.
“É acontece com sempre maior frequência, simplesmente por deixar de cultivar uma variedade ou criar uma raça, por terem se revelado pouco rentáveis num mercado que está cada vez mais orientado à maximização do rendimento por hectare, apostando apenas em poucas variedades e raças”, diz artigo publicado pelo movimento.
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Os recursos são necessários para colaborar na continuação de projetos como a Arca do Gosto – um catálogo que reúne os produtos tradicionais em risco de extinção, dividida em categorias como raças animais, frutas e verduras, reúne hoje mais de 4000 ingredientes de diversos países, sendo quase 100 brasileiros, que vão dos mais conhecidos, como a jabuticaba e o queijo da serra da Canastra, aos menos, caso do cambuci, do jaracatiá e araticum– ou as Fortalezas (são mais de 500), que apoiam as comunidades rurais, na recuperação e na promoção de variedades e raças tradicionais, além de 2.500 hortas na África e outras iniciativas.
“Graças a esse trabalho, o Slow Food está reescrevendo o futuro de cultivos, animais e produções tradicionais que representam uma parte importante da cultura de um território. Foi o caso da lentilha do Jura Suábio, cujas sementes foram redescobertas em 2006, no Banco genético do Instituto Wawilow de São Petersburgo, e recuperadas por Mammel, um agricultor-herói que as plantou em sua horta, convidando outros a seguirem seu exemplo. Hoje, os produtores da Fortaleza se reuniram formando uma associação, que conta mais de 60 produtores, a lentilha é comercializada em toda a região, e é cada vez mais utilizada na cozinha local”, conta o artigo.
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