*Por Lalá Ruiz
No melhor estilo dos mosqueteiros criados pelo escritor francês Alexandre Dumas (1802-1870), cujo lema é “um por todos, todos por um”, pequenos produtores do Chile uniram esforços para divulgar, coletivamente, vinhos “feitos em escala humana, à mão, únicos, distantes da industrialização com a qual o vinho chileno é conhecido”.
Iniciado em 2009, o MOVI – Movimento dos Vinhateiros Independentes do Chile tem como alicerce, conforme descrito acima, o coletivo, sem lugar para o individualismo. Segundo o grupo, os rótulos não competem entre si, mas se complementam, ao mesmo tempo em que refletem o caráter e a identidade do local de origem e do seu criador.
O movimento, que começou com 12 vinhateiros, hoje é uma associação comercial constituída que congrega 39 produtores, entre vinhedos orgânicos, biodinâmicos, vinhos de autor, de garagem etc.
São eles: 3 Monos, Acróbata, Alchemy, Armidita, Attilio & Mochi, BOWines, Callma Vinum, Casa Bauzá, Colectivo ARG, El Encanto, Erasmo, Flaherty, Garage Wine Co., Gillmore, Instinto, La Despensa Boutique, La Recova, Lagar de Codegua, Laura Hartwig, Maurizio Garibaldi, Moretta Wines, Mujer Andina Wines, Narbona Wines, Nerkihue, OC Wines, OWM Wines, P.S. García, Peumayen, Polkura, Rukumilla, Serendipia, Starry Night, Susurros de Tumuñan, Trabun, Trapi del Bueno, Tringario, Villard, Vinos Peroli e Vultur.
Apesar de representar apenas 0,1% da produção de vinho do país, o MOVI tornou-se uma referência no setor, enquanto associação, ao promover a diversidade e, principalmente, ao mostrar que o vinho do Chile é feito de outros atores além dos grandes produtores reconhecidos mundialmente.
Para divulgar a produção de seus associados, o MOVI adota diferentes estratégias. Por exemplo: já realizou, com o apoio do governo chileno, turnês internacionais com jornalistas e profissionais do ramo oriundos de países como Inglaterra, Estados Unidos, China, França, Brasil, Argentina, Peru e Japão. Detalhe: ao invés de serem alojados em hotéis, como é de praxe em viagens do gênero, os visitantes foram acomodados nas casas dos vinhateiros, para que a experiência fosse completa.
O MOVI também aposta em ações mais direcionadas, como degustações, inclusive em outros países, como o Brasil. No dia 1º de dezembro, por exemplo, haverá uma degustação on-line, via Zoom, conduzida pelos produtores La Despensa, Instinto e Vultur. Já no dia 8 de dezembro, a degustação será com os vinhos Peumayen, Casa Bauzá e Mujer Andina.
São 42 vagas para cada evento virtual: 21 para São Paulo (Capital, Osasco, Tamboré, Barueri, Santana do Parnaíba e Alphaville); 14 para o Rio de Janeiro (cidade do Rio de Janeiro e Niterói); e sete para o Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Canoas). Cada degustação custa R$ 94 e os participantes receberão em casa três garrafas de 100ml, cada uma com um dos vinhos selecionados. Mais informações: www.movichile.com.br.
Bacana ou o quê?
EM TEMPO 1
Parceria firmada entre a vinícola Salton e a Bauducco faz chegar ao mercado três kits para as festas de final do ano, todos com espumante, panetone ou chocotone. São eles:
- Kit Celebre Chocottone® – Um chocotone + um Salton Moscatel. Preço: R$ 99,90
- Kit Celebre Panettone – Um panetone + um Salton Brut Prosecco. Preço: R$ 99,90
- Cesta Premium Bauducco de Natal – Um panetone doce e outro salgado, uma caixa de Biscoito Champanhe e outros produtos Bauducco, além de comidinhas e produtos de marcas como Barilla e Pringles + Espumante Salton Brut. Preço: R$ 199,99.
Os kits estão à venda na loja online da Bauducco.
EM TEMPO 2
*Lalá Ruiz é jornalista formada pela PUC-Campinas. Trabalhou no extinto jornal Diário do Povo e no Correio Popular, ambos de Campinas (SP). Gosta de rock, blues, jazz, Clube da Esquina, pop latino, flamenco, literatura, televisão e cinema. É torcedora do Santos F.C. e criadora do IG @oassuntoevinho.
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