Especiarias, o tesouro que revolucionou a gastronomia mundial

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Por Érika Soares
Um dos momentos relevantes na história da gastronomia mundial, que pode ser considerado estopim para a miscigenação das comidas,  ocorreu durante o século XV, no período em que portugueses e espanhóis arriscavam-se pelos oceanos nas Grandes Navegações.
O que os motivou a enfrentar águas desconhecidas foi a ânsia em adquirir especiarias – como pimenta-do-reino, canela, açafrão, noz-moscada, entre outros, que hoje são usadas por chefs do mundo inteiro – a preços mais baixos, visto que eram comercializadas por atravessadores com ágio absurdo.
Segundo o livro A história da Gastronomia no Brasil e no Mundo, de Dolores Freixa e Guta Chavez, Vasco da Gama negociou 100 quilos de pimenta-do-reino a três ducados, enquanto a mesma quantidade era vendida em Veneza por 80 ducados.
Essa busca por especiarias culminou na descoberta do Novo Mundo, e sua natureza prodigiosa agregou ainda mais ingredientes à gastronomia. Temperos, frutas, plantas exóticas cereais, raízes, animais, peixes, novos sabores passaram a frequentar as mesas europeias.
“Desse intercâmbio gastronômico surgiram produtos importantes para a culinária mundial, como batata, tomate, peru, chocolate (subproduto do cacau), baunilha, tabaco, milho, todos nativos das Américas Central e do Sul. Muitos ingredientes asiáticos passaram a fazer parte da alimentação básica da maioria dos povos, como o açúcar, o arroz e o chá. Da África para o mundo, o café e a pimenta-malagueta tornaram-se indispensáveis à culinária. Esses produtos se integraram de tal forma aos hábitos mundiais, que a atual gastronomia não se imagina sem eles”, contam as autoras.

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