Jacutinga: capital das malhas também produz vinho

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Por Lalá Ruiz*

Jacutinga é uma estância hidromineral com pouco mais de 25 mil habitantes conhecida como a capital nacional das malhas, uma vez que responde por 27% da produção brasileira no setor. Localizada na Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais, na divisa com o Estado de São Paulo, Jacutinga aos poucos desperta para uma outra vocação: a produção de vinhos finos. Tanto que já faz parte da nova rota brasileira do enoturismo, a chamada Serra dos Encontros, juntamente com os municípios de Espírito Santo do Pinhal (SP), Santo Antônio do Jardim (SP) e Albertina (MG).

A produção de vinhos em Jacutinga tem se tornado realidade graças, principalmente, à adoção da dupla poda, técnica de manuseio das videiras desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Essa técnica consiste em “enganar” as plantas para que elas não deem frutos no verão, quando há muitas chuvas, mas sim entre os meses mais frios do ano, de maio a agosto.

Estima-se que atualmente existam dez vinícolas no cidade mineira, porém, parte ainda está com vinhedos em formação ou em fase de desenvolvimento de seus vinhos. A Obstinado, por exemplo, é uma vinícola familiar que deu início ao plantio de uvas viníferas em 2019 e lançou seu primeiro vinho em julho do ano passado. No caso, o Corte II, um tinto fruto da primeira safra colhida no ano de 2022 e feito com um blend das uvas Syrah (70%) e Malbec (30%) – na propriedade também é plantada a Cabernet Franc.

Corte II: primeiro rótulo da Obstinado (Foto: Divulgação)

Outros exemplos

Entre outras vinícolas da cidade estão a Rastelli Vineyards, que como se diz no jargão literário, está com seus vinhos “no prelo”; a Rio Manso, que carrega a tradição de uma fazenda de café centenária; e a Pioli, que produz vinhos desde 2017 e destaca-se pelo seu vinho Syrah. Ou seja: são várias as razões para colocar Jacutinga no seu caderninho de viagens enogastronômicas – vale ressaltar que algumas já oferecem visitas guiadas, harmonizações etc.

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Sommelière dá dicas de vinhos para comemorar o Dia Internacional do Riso

Em 18 de janeiro é comemorado o Dia Internacional do Riso, data criada para destacar a importância do riso no bem-estar social e na saúde da população. Para brindar esse dia com descontração, alegria e um bom vinho, confira a seleção feita por Thamirys Schneider, sommelière da Wine:

  1. Espumante Undurraga Royal D.O. Valle de Leyda Rosé Brut (Chile) – De acordo com a sommelière, trata-se de uma opção frutada, vibrante, leve, elegante e refrescante que combina muito bem com momentos felizes. Foi elaborado com a uva Pinot Noir pelo Método Charmat e ficou seis meses em tanques de aço inox em sur lie (sobre as borras), o que agregou maior complexidade e cremosidade ao espumante, sem que a bebida perdesse o caráter frutado e refrescante.
  2. Mosaiko Reserva D.O. Valle de Cachapoval Sauvignon Blanc 2022 (Chile) – “Um projeto incrível da Calyptra, uma vinícola boutique localizada no Alto Cachapoal, com altitude de 1 mil metros acima do nível do mar. A linha mistura cinco lotes diferentes de Sauvignon Blanc da vinícola, cada um adicionando características únicas. Além disso, possui viticultura orgânica que respeita o meio ambiente e elabora vinhos seguindo práticas veganas”, explica Thamirys, que completa: o exemplar amadureceu seis meses em tanques de aço inox com as borras e, depois, mais seis meses em garrafa.
  3. Que Guapo Malbec Syrah Bonarda 2021 (Argentina) – Tinto elaborado pela renomada vinícola argentina Viña Las Perdices. É um blend mendocino moderno, jovem e descontraído das uvas Malbec, Syrah e Bonarda elaborado para o paladar brasileiro. Seu rótulo é inspirado na colorida arquitetura do bairro La Boca, em Buenos Aires. Segundo a profissional, é um vinho fácil de beber, ideal para harmonizar com receitas do dia a dia e para degustar informalmente com os amigos. “Uma ótima escolha para acompanhar boas conversas e risadas”, conclui. (*Com informações Assessoria de Imprensa)

*Lalá Ruiz é jornalista formada pela PUC-Campinas. Trabalhou no extinto jornal Diário do Povo e no Correio Popular, ambos de Campinas (SP). Gosta de rock, blues, jazz, Clube da Esquina, pop latino, flamenco, literatura, televisão e cinema. É torcedora do Santos F.C. e criadora do IG @oassuntoevinho.

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