Que tal dar uma chance ao rosé neste Natal?

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Por Lalá Ruiz*

Você sabia que o vinho rosé é um dos mais versáteis quando o assunto é harmonização? Isso sem falar no frescor, ideal para dias mais quentes. Assim, que tal dar uma chance a um bom rosé na ceia ou no almoço de Natal? Independentemente do menu da sua festa natalina, seja bacalhau, carne de porco, peru, tender, churrasco ou vegetarianos, o rosé vai muito bem, obrigada.

E para quem se animou, segue uma seleção de bons rosés feita pela sommelière Thamirys Schneider, do clube de assinaturas Wine:

Fotos: Divulgação
  1. Esteban Martín D.O.P. Cariñena Garnacha Rosado 2020 – Elaborado pela Bodegas Esteban Martín, eleita a vinícola espanhola mais sustentável pela Lux Life Food & Drink Awards em 2020 e premiada pela Academia Aragonesa de Gastronomia como Melhor Vinícola de Aragão 2020, é um vinho elegante e delicado, proveniente de vinha entre 20 e 65 anos. Trata-se, segundo Thamirys, de rosé que encanta com aromas de frutas vermelhas e flores. Refrescante, redondo e bem estruturado, segue as práticas veganas.
  2. Baron Philippe de Rothschild Mas Andes Rosé 2021 – O segundo rótulo selecionado pela sommelière é, de acordo com ela, um rosé “elegante e suculento”. Considerado um vinho de alta qualidade, é elaborado com uvas selecionadas das variedades Grenache, Cabernet Sauvignon e Carignan, que proporcionam maior complexidade em aromas e sabores. Assim como o vinho Esteban Martín D.O.P. Cariñena Garnacha Rosado 2020, também é elaborado seguindo as práticas veganas.
  3. Pueblo del Sol Tannat Rosé 2021 – Esse é um rosé uruguaio elaborado com a casta emblemática do país, a Tannat, com uvas colhidas manualmente e pré-selecionadas dos cachos ainda no vinhedo, com objetivo de garantir frutos mais saudáveis. Na avaliação da profissional da Wine, trata-se de um vinho com bom corpo, frutado e refrescante que revela as características da potente Tannat em um rosé.
  4. Partridge Flying Malbec Rosé 2021 – Feito com a uva que se tornou símbolo do vinho argentino, esse rosé traz a estrutura e as características frutadas e florais da Malbec com um estilo fácil de beber, com bom volume na boca, expressivo e bastante refrescante, segundo a sommelière. Se sua ceia ou almoço de Natal for um bom churrasco, taí uma boa pedida. Dica importante: deve ser servido bem refrescado, em torno de 8ºC.
  5. Villa do Mar Rosé Atlântico – Considerado um bom vinho para harmonizar com as sobremesas, o Villa do Mar Rosé Atlântico também vai bem como aperitivo ou acompanhando pratos mais apimentados. Trata-se de blend das uvas Aragonez, Touriga Nacional e Trincadeira provenientes de vinhas plantadas à beira mar ao longo da costa portuguesa. Na avaliação de Thamirys, essa seleção cuidadosa de uvas gera um rótulo autêntico e prazeroso, “um vinho alegre, aromático, refrescante, com acidez vibrante em perfeito equilíbrio com a doçura natural das uvas”.

Afinal, como é produzido o vinho rosé?

São três os métodos usados para se produzir um vinho rosé: maceração curta, corte e sangria.

Maceração curta – Para se produzir qualquer vinho, primeiramente as uvas devem ser esmagadas para a extração do mosto (suco). O tempo em que o mosto permanece em contato com as cascas e as sementes das uvas, que é chamado de maceração, é que determina, por exemplo, a coloração do vinho. Dessa forma, na elaboração do vinho branco, os sólidos são imediatamente retirados, enquanto que na produção dos tintos, esses componentes permanecem em contato com o mosto por dias ou até mesmo semanas. No caso do rosé, o tempo de maceração é reduzido a horas, ou seja, apenas o período suficiente para garantir a coloração rosada. Essa técnica, também chamada de maceração pré-fermentativa, é a mais utilizada.

Corte – Esse método consiste em misturar vinhos tintos e brancos. Também chamado de blend ou assemblage, pode parecer uma técnica simples, porém necessita de cautela para garantir a harmonia perfeita entre as partes e também a durabilidade e qualidade do produto. A partir dessa dessa técnica “nascem” tanto rosés de qualidade duvidosa quanto os celebrados espumantes rosados franceses, oriundos da região de Champagne.

Sangria – Essa técnica consiste na retirada de 10% do líquido obtido no início do processo de fermentação para a elaboração do vinho tinto. Esse líquido, que já apresenta coloração rosada, é “sangrado” do tanque original para outro recipiente e fermentado em separado, mantendo-se como vinho rosé. Esse método também é chamado de saignée, é o mais raro das três, porém é o que resulta em vinhos de maior padrão, com cor e estrutura mais concentradas.

EM TEMPO

Neste Natal, lembre-se das sábias palavras do poeta, dramaturgo, romancista, cientista, estadista, diretor de teatro e crítico alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832):

“O vinho alegra o coração do homem, e a alegria é a mãe de todas as virtudes.”

Um Feliz Natal a todos!

*Lalá Ruiz é jornalista formada pela PUC-Campinas. Trabalhou no extinto jornal Diário do Povo e no Correio Popular, ambos de Campinas (SP). Gosta de rock, blues, jazz, Clube da Esquina, pop latino, flamenco, literatura, televisão e cinema. É torcedora do Santos F.C. e criadora do IG @oassuntoevinho.

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