O Dia da Internacional da Cerveja e a luz no fim da pandemia

O Dia Internacional da Cerveja, que por feliz coincidência cai bem no dia da publicação desta coluna, é uma data criada há catorze anos nos Estados Unidos e comemorada toda primeira sexta-feira de agosto em mais de oitenta países com um objetivo simples e milenar: se reunir com os amigos para beber cerveja. Além disso, a efeméride ajuda a fomentar a cultura cervejeira e cria um ambiente favorável para a divulgação das cervejarias artesanais.

O Brasil, claro, não poderia ficar de fora desse festejo tendo mais de 1.200 fábricas com registro no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) até 2019. Sem contar que há mais motivos para orgulho, com a produção nacional pulsante de insumos como por exemplo o lúpulo – que, como já falei, superou e muito as expectativas de cultivo por aqui. Há cervejas feitas com insumos 100% brasileiros.

Bem, aquele hábito corriqueiro de sentar à mesa no bar com pessoas queridas depois de um dia de trabalho, como sabemos, foi prejudicado por conta da pandemia. Mesmo com a flexibilização nos horários de atendimento, há uma restrição da capacidade de atendimento nos estabelecimentos. O impacto da nova realidade fez com que as cervejarias procurassem novas formas de chegar ao cliente, ampliando o delivery e também variando as opções de cervejas com lançamentos de novos produtos. 

Com o avanço da vacinação em algumas partes do país, já é possível enxergar um pequeno ponto de luz no fim do túnel. O setor de eventos, intimamente ligado com o da cerveja, também está de olho no calendário de vacinação, uma vez que eventos-teste com público já estão no cronograma de estados como São Paulo e Santa Catarina. 

Esse otimismo espelha a experiência dos Estados Unidos com a vacinação, que chegou a dispensar o uso de máscaras em locais abertos quando atingiu determinado patamar de vacinação (ainda que recomende a máscara em locais fechados pelo temor da variante Delta e pelo impacto da parcela da população que se nega a tomar vacina). Lembro aqui que ainda estamos bem aquém dessa realidade – portanto, use máscara sempre que sair!

Segundo Develon da Rocha, presidente da Associação Blumenauense de Turismo, Cultura e Eventos (Ablutec), o setor mira num “retorno consciente” dos eventos, com normas de segurança. “A cada dose aplicada, toda a cadeia produtiva de turismo e eventos recebe uma injeção de ânimo”, destacou em artigo para o Guia da Cerveja. A associação já aposta na venda de ingressos para o Festival Brasileiro da Cerveja para março de 2022.

Uma dose de vacina = uma dose de cerveja

Uma motivação e tanto para procurar um posto e se vacinar, não?

Reparou que algumas cervejarias e bares têm oferecido chope por conta da casa para quem toma vacina contra a covid-19? Essa é uma iniciativa com objetivos claros. A mais importante é estimular a vacinação da população oferecendo a “recompensa”, tanto para que ela não perca sua vez no calendário, e nem para que se esqueça de tomar a segunda dose e assim completar o esquema vacinal – o que tem acontecido muito, e forçado cidades a realizarem a busca ativa por essas pessoas. 

É uma ação que interessa ambas as partes: quanto mais pessoas vacinadas, mais rápido a vida retorna a algo parecido com o que era antes da pandemia.

Cumprindo um dever cívico (e cervejeiro, lógico), cito aqui alguns locais onde você pode retirar seu chope depois de tomar sua vacina!

Fritz Cervejaria (unidade Jundiaí) oferece um chope para quem apresentar carteirinha de vacinação com as duas doses ou a dose única da Janssen.

Soma Cervejaria (São Paulo) dá um half pint (250 ml) do chope a ser definido pela casa para quem toma a primeira dose, e um pint (500 ml) para quem se imunizou com a segunda dose ou dose única, tudo com comprovação com carteirinha.

Cervejaria Landel/Bar Lado B (Campinas) brindam o cliente que tomou a primeira dose com uma caldereta de chope Landel Session IPA (300 ml) e quem toma a 2ª dose, ganha uma caneca de chope Landel Session IPA (500 ml).

Saúde!

* Letícia Cruz 
Uma jornalista curiosa pelo mundo das cervejas compartilhando suas descobertas. Entusiasta da cerveja viva e local. Apaixonada pelos lúpulos! 
Criadora do @cervejopedia no Instagram e da loja @cervejopedia.beershop, que fica em Santana, capital paulista.

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