Romã: uma fruta rodeada por mitos e crendices

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Basta os últimos dias do ano se aproximarem para que os mais supersticiosos lembrem-se de alguns alimentos que devem fazer parte da ceia de reveillon para trazer sorte ao ano que irá iniciar. A romã, sem dúvida, é um dos mais requisitados nesta época.
E são muitas as crendices, mitologias e até passagens bíblicas que atribuem a esta bela fruta – que é nativa do Irã (região conhecida por Pérsia na antiguidade), onde é considerada símbolo do amor e da fertilidade – poderes de proteção e prosperidade. “Coma romã para se livrar da inveja e do ódio” era o que dizia o profeta Maomé, segundo o livro Histórias, Lendas e Curiosidade da Gastronomia, escrito por Roberta Malta Saldanha.
Aqui no Brasil, ela chegou pelas mãos dos portugueses e, junto com a fruta a tal superstição, ainda seguida por mitos: comer sete gomos da fruta e guardar seus caroços para ter sorte e ganhar muito dinheiro durante todo o ano.
Se bem que este costume, com praticamente a mesma finalidade, é bem semelhante aos dos judeus de origem ocidental, com a diferença de que as sementes são colocadas embaixo do travesseiro na passagem do Ano Novo Judaico, que é comemorado entre os meses de setembro e outubro.
A fruta também tem sua participação na mitologia grega, no episódio em que Perséfone, filha de Demeter e deusa da terra e da colheita, foi levada para o inferno por Hades, deus das profundezas: “Ela jurou não comer nada no cativeiro, mas não resistiu a uma romã. Comeu seis sementes. Quando Hades afinal perdeu Perséfone para Demeter, teve apermissão de ficar com ela durante seis meses de cada ano, por causa das sementes. Esses seis meses se tornaram o inverno”, contam Angelo Pinto e Marilza Corrêa, do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no trabalho Romã: da Antiguidade ao Uso Atual na Medicina Popular. Salada de endivias com queijo e romã
O fato é que, além de trazer certa esperança de que o ano será bom, a romã pode também conferir beleza e sabor a pratos que vão ser degustados na virada do ano. Ela é, por exemplo, bastante utilizada no Oriente Médio, sendo ingrediente no preparo de peixes, bolinhos de carne e saladas – como a que leva endívias cobertas com creme de ricota e requeijão e sementes de romã – ou em sucos e licores.

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