O bom momento dos vinhos brancos do Uruguai

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Por Lalá Ruiz*

Os vinhos brancos uruguaios vivem um ótimo momento e mostram que o nosso vizinho, hoje, é muito mais do que o país do Tannat. Pode-se até dizer que a boa fase é, em parte, consequência do bem-sucedido cultivo da uva Alvarinho, ou Albariño em galego, nas últimas duas décadas.

Casta nobre da Península Ibérica, trata-se de uma uva característica de duas regiões: Monção e Melgaço, em Portugal, onde é utilizada na produção de Vinhos Verdes; e Galícia, na Espanha, onde tem até uma festa em sua homenagem, a Fiesta del Albariño, realizada sempre na semana que antecede o primeiro domingo do mês de agosto.

Coube à premiada vinícola Bouza o pioneirismo de levar a Alvarinho para o Uruguai, no início dos anos 2000. Porém, a casta se consolidou pra valer no país sul-americano depois do sucesso do primeiro vinho Albariño da Bodega Garzón, já na década de 2010.

Recente degustação patrocinada pela Uruguay Wine na sede da Sociedade Brasileira de Sommeliers (SBSOMM) de Campinas (SP), da qual participei, foi um bom termômetro desse momento positivo pelo qual passam os brancos uruguaios. Dos três rótulos do tipo apresentados, dois eram 100% Alvarinho e o terceiro continha a variedade em seu blend.

O primeiro varietal servido foi o Cerro Del Toro Albariño Atlântico safra 2022. Produzido pela jovem vinícola Cerro Del Toro, fundada em 2016 na cidade litorânea de Piriápolis, província de Maldonado, é um vinho bem cítrico e ácido.

O segundo, o Atlántico Sur Albariño da Família Deicas, leva uvas cultivadas em vinhedos de perfis diversos em Garzón e Juanicó. Frescor e acidez são suas principais características – digo que gostei muito.

70% Chardonnay, 30% Alvarinho

O terceiro rótulo degustado foi o Cocó 2020, rótulo da pioneira Bouza, composto de 70% Chardonnay e 30% Alvarinho. Detalhe curioso: o vinho Chardonnay é fermentado em barricas francesas e o Alvarinho em tonéis de aço. Posteriormente, são estabilizados naturalmente sem adição de clarificante.

Em resumo: três vinhos muito bons que, certamente, são excelentes cartões de visita. Para quem se interessou, esses rótulos estão à venda no Brasil.

EM TEMPO

E por falar em vinhos uruguaios…

A Cantu Importadora reforça seu portfólio com os vinhos Don Pascual, produzidos pela Bodega Juanicó de Canelones, no Uruguai. São rótulos considerados fáceis de beber, frescos e com um ótimo custo-benefício – os preços sugeridos ficam entre R$ 44,90 e R$ 120,00. Três tipos de vinho Don Pascual serão distribuídos pela Cantu no Brasil: o Don Pascual Coastal White, um blend de vinhas costeiras com um forte caráter da uva Alvarinho; o Don Pascual Rosé, um rosé original feito no melhor estilo de vinhos do sul da França; e o Don Pascual Coastal Tannat, um Tannat de grande estrutura, perfeito para quem gosta de vinhos mais intensos e marcantes. (*Com informações Assessoria de Imprensa)

Vinhos Don Pascual: novidade na Cantu (Foto: Divulgação)

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*Lalá Ruiz é jornalista formada pela PUC-Campinas. Trabalhou no extinto jornal Diário do Povo e no Correio Popular, ambos de Campinas (SP). Gosta de rock, blues, jazz, Clube da Esquina, pop latino, flamenco, literatura, televisão e cinema. É torcedora do Santos F.C. e criadora do IG @oassuntoevinho.

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