Portugal: você conhece os vinhos do Tejo?

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Por Lalá Ruiz*

Portugal possui 14 regiões vinícolas demarcadas: Vinhos Verdes, Trás-os-Montes, Douro, Távora-Varosa, Dão, Bairrada, Beira Interior, Lisboa, Tejo, Península de Setúbal, Alentejo, Algarve, Madeira e Açores. Dessas, são consideradas as mais importantes Alentejo, Algarve, Dão, Douro e Vinho Verde, sendo que o Alentejo, com seus 31 mil km² de área, é reconhecida como a maior região produtora de vinhos do país.

Nos últimos anos, contudo, a região do Tejo, que fica próxima à capital Lisboa, tem se modernizado e buscado um espaço maior nesse mercado com uma produção de vinhos vibrante e variada, composta de rótulos para todos os bolsos e gostos. Afinal, trata-se de uma das mais antigas áreas produtoras de vinho do país – até 2009 chamada de Ribatejo, seus vinhedos ocupam as margens do Rio Tejo desde a época do Império Romano.

O Tejo tem 17 mil hectares de vinhas cultivadas, com uma produção estimada em 603 mil hectolitros. De acordo com informações do site do Consulado Geral de Portugal em São Paulo, atualmente há 80 vinícolas atuantes na região, sendo que 90% dos rótulos possuem o selo IGP (Indicação Geográfica Protegida) e 10% DOP (Denominação de Origem Protegida).

Com características únicas, possui três zonas de produção. A saber:

  • Bairro – Ao norte do Tejo, é uma região rica em calcário e argila. Uma parte desse território tem depósitos de xisto, o que torna as raízes das videiras mais profundas.
  • Campo – Localizada às margens do Tejo, produz vinhos mais frutados, ácidos e frescos devido à proximidade com o rio.
  • Charneca – Fica ao sul do campo, na margem esquerda do Rio Tejo. Com altas temperaturas, as uvas amadurecem mais rapidamente.

Entre as castas tintas nativas do Tejo estão Touriga Nacional, Trincadeira, Castelão e Aragonês. Já entre as cepas brancas, destaque para Fernão Pires, Arinto Vivaz, Verdelho e Alvarinhos. Já entre as variedades não portuguesas cultivadas por lá estão as uvas Syrah, Alicante Bouchet, Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc, Merlot, Viognier e Chardonnay.

Degustação em Campinas

Recentemente, a convite do Daniel Perches, que muitos de vocês conhecem pelo perfil Vinhos de Corte no Instagram (@vinhosdecorte), participei de uma degustação de vinhos do Tejo na sede da SBSomm, em Campinas (SP). Entre vinhos mais robustos e outros ótimos para o dia a dia servidos no evento, destaco o Hugo Mendes Tenho Rosé 2021. Feito com Touriga Nacional, é um maravilhoso vinho cuja safra teve apenas 2.900 garrafas numeradas.

Entre outros, também foram apresentados o Quinta da Lapa Nana Reserva Tinto (Syrah, Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon), o Canto Vinha Doc do Tejo (Aragonês e Shiraz), Cabeça de Toiro Reserva (Syrah, Castelão e Touriga Nacional) e Casa Cadaval Vinhas Velhas Trincadeira Preta, que é bem gastronômico.

Alguns dos vinhos do Tejo apresentados em Campinas (Foto: Lalá Ruiz)

Que tal dar uma chance aos vinhos do Tejo?

EM TEMPO

Tannat, o novo varietal da linha Tempos de Góes

A Vinícola Góes, localizada na cidade de São Roque (SP), lança mais um varietal: Tempos de Góes Reserva Tannat 2021, um vinho fino tinto seco, elaborado com uvas 100% da variedade Tannat, cultivadas em solo paulista, valorizando a produção de vinhos de qualidade no estado de São Paulo.

A Tannat é uma uva vinífera originária do sul da França, da região do país Basco, que foi trazida para a América do Sul por imigrantes que se estabeleceram no Uruguai. A adaptação da variedade ao país foi tão grande que ela se tornou a uva símbolo de lá.

Tempos de Góes Reserva Tannat 2021 (Foto: Divulgação)

No Brasil a casta atravessou a fronteira para a Campanha Gaúcha apenas em meados do século passado e neste século ganhou espaços de cultivo fora do Rio Grande do Sul. No campo de pesquisas de variedades da Góes, nos vinhedos de São Roque, a Tannat é cultivada desde 2017.

A linha Tempos de Góes é encontrada em garrafas de 750 ml e inclui dez varietais e um corte, além de dois varietais embalados em Bag in Box, com 3 litros cada. Os vinhos podem ser adquiridos na loja sede da Vinícola em São Roque, no e-commerce e também nos principais distribuidores. (*Com informações Assessoria de Imprensa)

*Lalá Ruiz é jornalista formada pela PUC-Campinas. Trabalhou no extinto jornal Diário do Povo e no Correio Popular, ambos de Campinas (SP). Gosta de rock, blues, jazz, Clube da Esquina, pop latino, flamenco, literatura, televisão e cinema. É torcedora do Santos F.C. e criadora do IG @oassuntoevinho.

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