Zahil: 37 anos de dedicação aos bons vinhos

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Por Lalá Ruiz*

A importadora Zahil, uma das mais tradicionais do mercado do vinho no Brasil, comemorou seu aniversário de 37 anos com dois eventos, sendo um em Campinas (SP) e outro em São Paulo (Capital). Em Campinas, a celebração aconteceu no dia 28 de junho, no Vitória Hotel Concept, com a degustação de 140 vinhos e a presença de produtores importantes, tais como Rutini (Argentina), Casa Ferreirinha (Portugal), La Rioja Alta (Espanha), Herdade do Peso (Portugal), Château Kefraya (Líbano), Perelada (Espanha) e Durbanville Hills (África do Sul), entre outros. Na ocasião, tive a oportunidade de conversar brevemente com um dos sócios-diretores da empresa, Serge Zahil, que falou sobre o desafio trabalhar com vinho no Brasil e sobre como funciona a curadoria para montar o portfólio da importadora. Confira a entrevista:

Serge Zahil com produtores e equipe de marketing em Campinas (Foto: Daniel Gialluca)

O Assunto é Vinho – O senhor poderia fazer um balanço desses 37 anos importando vinho para o Brasil, que é um mercado sempre desafiador?
Serge Zahil –
Pergunta difícil, hein? A gente adora o Brasil. Nasci no Líbano, hoje sou naturalizado brasileiro. É muito difícil importar, distribuir, trabalhar e montar uma empresa no Brasil. E mantê-la 37 anos é uma coisa realmente difícil. Mas, a gente está conseguindo graças ao trabalho que faz, a equipe que a gente tem, as pessoas que a gente tem. A Zahil começou como uma importadora e distribuidora de alimentos e de alguns vinhos. A gente tinha muito palmito enlatado, muito azeite. Em 1999, a gente decidiu, eu e meu irmão (Antoine Zahil, outro sócio-diretor da empresa), parar com todos os alimentos e ficar só no vinho. Assim, nesses 37 anos, se for falar qual foi o momento mais importante que aconteceu, eu diria que foi esse momento, porque de lá pra cá, nesse quadro, a empresa mudou da água para o vinho.

Hoje são quantas lojas?
A gente tem duas lojas (N.R.: uma em São Paulo e outra em Campinas). Na verdade, a gente trabalha mais como showroom, porque a gente precisa receber nossos clientes tanto de restaurante, de lojas, para poder oferecer e mostrar nossos vinhos. Nossa força, a coluna vertebral nossa, é venda para restaurantes, e lojas também.

E como é feita a curadoria dos vinhos?
Uma coisa é você falar: eu gosto de vinho, em conheço vinho, tem oportunidades boas, vamos comprar e comprar. Mas, não é bem assim. O Jorge Lucki (leia mais abaixo) é o nosso curador, a gente contratou ele faz 22 anos. A Zahil tem uma equipe técnica que seleciona os vinhos, mas o aval final é dele, que é uma pessoa que conhece muito bem de vinho e que é muito difícil na escolha dos rótulos. Quando a gente escolhe um vinho, a gente fala: bom, o que esse vinho traz a mais para o mercado, dentro da qualidade, da faixa de preço que ele tem? Ou ele é competitivo ou ele descartado. Trazer por trazer é fácil, a gente estaria com mil rótulos. A gente não quer ter mil rótulos, a gente trabalha com um limite de 400 rótulos. Passou de 400, 420, elimina alguns e traz outros. Por quê? Porque assim se consegue focar no produtor que deu o filho dele para a gente cuidar dele no Brasil. Você traz uma marca da França, e o produtor quer que você faça um trabalho bom. Se você tem dez produtores da mesma região, o que é que vai acontecer? Vai vender um ou dois e oito vão ficar parados, ninguém vai vender. Então, isso a gente não faz. A gente seleciona um bom produtor, um excelente produtor por região e que possa fazer a diferença no mercado.

Serge e Antoine Zahil (Foto: Divulgação)

SAIBA MAIS

  • Considerado um dos mais grandes especialistas em vinho no Brasil, Jorge Lucki é engenheiro pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Consolidou sua formação em vinho na Academir du Vun em Paris, França. Atua como colunista em diferentes meios de comunicação, além de ser coautor do guia Descorchados América do Sul.
  • Mais informações sobre a Zahil podem ser obtidas no site: www.zahil.com.br.

EM TEMPO

Dia da Pizza pede comemoração com vinho

Na próxima segunda-feira, 10 de julho, é comemorado no Brasil o Dia da Pizza. E para celebrar como se deve, nada como harmonizar uma pizza com um bom vinho. Confira algumas sugestões de harmonização de pizza e vinho feitas pela sommelière Érika Líbero:

  • Rúcula e Tomate Seco – Pizzas leves com folhas frescas e vegetais como rúcula com Tomate Seco ou Caprese pedem vinhos leves e com boa acidez, como Pinot Grigio e Alvarinho.
  • Marguerita – Pizzas com ervas aromáticas como manjericão, pedem vinhos com aromas de ervas, como Sauvignon Blanc ou Grüner Veltliner.
  • Muçarela – Pizzas de queijo como Muçarela ou Napolitana vão muito bem com brancos mais encorpados como Chardonnay ou brancos portugueses do Alentejo.
  • Atum – Pizzas de atum, lombo canadense ou peito de peru (como a Tachino) harmonizam com vinhos rosés.
  • Quatro Queijos – Pizzas de quatro ou cinco queijos são mais pesadas e harmonizam com vinhos com mais corpo, como Malbec ou Primitivo.
  • Calabresa – Pizzas com calabresa vão bem com vinhos mais encorpados, como um Cabernet Sauvignon ou Syrah.
Pizza e vinho, tudo a ver (Crédito: Freepix)

A sommelière Érika Líbero ainda dá uma dica Bônus: “Se quiser um vinho curinga para ir bem com todas as pizzas, aposte em um bom Chianti”.

Feliz Dia da Pizza!

*Lalá Ruiz é jornalista formada pela PUC-Campinas. Trabalhou no extinto jornal Diário do Povo e no Correio Popular, ambos de Campinas (SP). Gosta de rock, blues, jazz, Clube da Esquina, pop latino, flamenco, literatura, televisão e cinema. É torcedora do Santos F.C. e criadora do IG @oassuntoevinho.

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