Aglianico, a uva que dá fama aos vinhos da Basilicata

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Por Lalá Ruiz*

Localizada no Sul da Itália, a região da Basilicata está entre as mais pobres e menos povoadas do país europeu – tem cerca de 600 mil habitantes. Porém, possui uma tradição vitivinícola que remonta há 4 mil anos, período que coincide com a chegada dos gregos por lá.

Com uma área estimada em 10.073 quilômetros quadrados, a Basilicata tem 5.567 hectares ocupados por vinhedos, dos quais um terço é enquadrado como Denominação de Origem Controlada (DOC) ou Denominação de Origem Controlada e Garantida (DOCG).

No total, os vinhos da Basilicata têm seis denominações: Aglianico del Vulture (DOC), Aglianico del Vulture Superiore (DOCG), Basilicata (DOC), Grottino di Roccanova (DOC), Matera (DOC) e Terre dell’Alta Val d’Agri (DOC).

As principais uvas cultivadas por lá são Aglianico, Syrah e Moscato. De todas, é a Aglianico, cujas vinhas ficam nas encostas do vulcão extinto Vulture, que dá maior prestígio aos vinhos produzidos na região.

Trata-se de uma variedade que amadurece tardiamente, com uma cor muito forte e que envelhece bem em barricas de carvalho. Seus níveis de taninos e de acidez são muito altos, mas a bebida “suaviza” à medida que envelhece na garrafa. Os vinhos Aglianico del Vulture, diga-se de passagem, são celebrados no mundo todo e podem ser comprados aqui no Brasil em diferentes comércios online.

Uma cepa italiana com certeza

Vale ressaltar que, além de ser a uva nativa mais antiga da Itália, a Aglianico é considerada a mais importante para a produção de vinhos tintos no Sul e Sudoeste da Itália. Também está presente na composição de espumantes. Fora da Basilicata, é produzida nas regiões vitivinícolas da Campânia, Calábria, Puglia e Molise.

No Novo Mundo, a Aglianico é plantada na Califórnia (EUA), na Austrália e na Argentina, mais especificamente na Bodega Krontiras, uma pequena vinícola biodinâmica da região de Lujan de Cuyo, em Mendoza.

Dois dos rótulos produzidos na Krontiras foram trazidos recentemente ao Brasil pela MMV Importadora, de Curitiba (PR): o Krontiras Family Selection Aglianico, safra 2017; e o Krontiras Aglianico Natural, safra 2021.

Mais informações: facebook.com/mmvinhos.

Ave, César!

De acordo com o enólogo Denis Dubourdieu, da Universidade de Bordeaux, na França, a Aglianico é provavelmente a uva com a história de consumo mais longa de todas. Segundo ele, essa variedade foi usada na produção do vinho Falerno, servido, por exemplo, em um banquete oferecido ao imperador romano Júlio César no ano 60 a.C. para comemorar suas vitórias em uma batalha, conforme relatado posteriormente pelo historiador romano Plínio (23-79 d.C.). Dizem até que era o vinho mais caro da época.

“Por um ‘as’, você bebe vinho, por dois, bebe o melhor, por quatro, bebe o de Falerno”.

Descritivo que consta em tabela de preços pintada em uma parede de bar conservada na cidade de Pompeia, destruída pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 a.C – o “as” era o “dinheiro” da época

EM TEMPO

Nova carta de vinhos do Benedito Restaurante

O Benedito Restaurante, de Campinas (SP), está com uma nova carta de vinhos composta por 50 rótulos, entre brancos, espumantes, rosés e tintos, de sete países produtores: França, Brasil, Argentina, Chile, Espanha, Portugal e Itália.

A curadoria é do chef Mauro Mason, que focou tanto nas novidades do mercado quanto em rótulos mais procurados, além de produtos que harmonizam com os pratos da casa.

Entre os rótulos de destaque estão os brancos Mancura Etnia Sauvignon Blanc (Chile) e Barone Montalto Pinot Grigio (Itália); os espumantes Cava Portel – Pinot Grigio (Espanha) e Bossa Brut (Brasil); os rosés La Esquina (Argentina) e Brise Marine Rosè de Provence (França); e os tintos Aguijón De Abeja Obrera e This is Not Another Malbec (ambos da Argentina) e Albert Bichot C’est La Vie (França).

Já para quem gosta de levar o próprio vinho, as quartas e quintas-feiras são de rolha livre no Benedito Restaurante.

Saiba mais em: beneditorestaurante.com.br

*Com informações Assessoria de Imprensa

*Lalá Ruiz é jornalista formada pela PUC-Campinas. Trabalhou no extinto jornal Diário do Povo e no Correio Popular, ambos de Campinas (SP). Gosta de rock, blues, jazz, Clube da Esquina, pop latino, flamenco, literatura, televisão e cinema. É torcedora do Santos F.C. e criadora do IG @oassuntoevinho.

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