Biodinâmico, natural, orgânico, vegano: entenda a diferença

Por Lalá Ruiz*

Rótulos biodinâmicos, naturais, orgânicos e veganos têm chamado cada vez mais a atenção dos amantes do vinho, principalmente por simbolizarem que é possível, sim, unir produção agrícola e respeito ao meio ambiente. Mas, você sabe qual é a diferença entre eles? Priscilla Dal Lago, embaixadora da Domno Wines, importadora do Grupo Famiglia Valduga, explica as características de cada categoria. Confira: 

Vinho orgânico – Segundo Priscilla, vinhos orgânicos são aqueles que não utilizam em sua elaboração nenhum tipo de agroquímico como pesticidas, fungicidas e bactericidas. O processo de vinificação não difere do convencional, porém, não são utilizados compostos para aumentar a rentabilidade, já que, além da sustentabilidade, é importante garantir que o produto não tenha nenhum resíduo agroquímico.

Vinho biodinâmico – A embaixadora explica que os vinhos biodinâmicos são conhecidos pela utilização da antroposofia no processo de obtenção da bebida. Ou seja: os produtores se valem do conhecimento de técnicas ancestrais aplicadas tanto no cultivo das uvas, quanto no funcionamento da vinícola. Esses rótulos também são orgânicos, porém, além da não utilização de compostos químicos na cadeia produtiva do vinho, a agricultura se aproveita inteiramente de alimentos proporcionados pela natureza, como o uso de preparações à base de uvas e minerais, chás para auxiliar na mineralização do solo ou a técnica em que o engarrafamento é feito seguindo os ciclos lunares. 

Vinho natural – São considerados naturais os vinhos que utilizam fermentação espontânea, isto é, que não têm adição de conservantes ou qualquer outro artifício químico para corrigir acidez ou taninos. Consequentemente, vinhos naturais são orgânicos e podem também ser biodinâmicos, caso utilizem as regras necessárias.

Vinho vegano – Já os vinhos veganos não levam insumos de origem animal no processo de elaboração, como a albumina (proteína do ovo) e a caseína (proteína do leite), utilizadas na etapa de clarificação do vinho. Esses rótulos também não têm perdas aromáticas e estruturais, que afetam a degustação. 

Para entender as diferenças “na prática”

Priscilla Dal Lago também sugere alguns rótulos para quem quiser entender essas particularidades “na prática”. A primeira dica é o Argento Single Vineyard Agrelo Malbec, considerado o “Melhor Malbec Orgânico do Mundo” pelo Guia Descorchados e 92 pontos do James Suckling. Esse vinho representa “a materialização de um dos microclimas mais privilegiados da viticultura da Argentina, com complexidade aromática e longo potencial de guarda”.

Na categoria de vinhos biodinâmicos, ela sugere rótulos da Principe Corsini, na Toscana, Itália, vinícola com pilares de respeito à natureza e compromisso com a alta qualidade. Entre os rótulos da Principe Corsini, destaca-se o Le Corti Chianti Clássico DOCG, o vinho tinto “vintage” da vinícola elaborado a partir das varietais Colorino (2%), Sangiovese (2%) e Canaiolo (95%) – para mais informações sobre outras opções de vinhos com essas características acesse domno.com.br.

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1. E por falar em vinho biodinâmico…

Leonard Meese, enólogo da Weingut Wittmann, a primeira vinícola certificada biodinâmica da Alemanha, vem ao Brasil e comanda duas atividades para apresentar seus vinhos. A primeira é um Wine Dinner com cinco vinhos, incluindo um grand cru, que serão comentados pelo enólogo e harmonizados com pratos criados pela chef Silvia Percussi. O cardápio e os vinhos serão os seguintes:

• Carpaccio di baccalà (carpaccio de bacalhau, azeite extravirgem, pó de hibisco e páprica) harmonizado com Wittmann Riesling Trocken 2020;
• Spaghetti alle Vongole harmonizado com Wittmann Niersteiner Riesling Trocken 2020;
• Risotto Al Taleggio e Tartufo Nero (risoto preparado com queijo taleggio e lascas de trufas negras) harmonizado com Wittmann Westhofener Riesling Troclen 2020;
• Anitra al Riesling e patate (pato no vinho branco com batatas) harmonizado com Wittmann Morstein Grosses Gewachs Grand Cru 2020; e
• Crostata di Miele (torta de maçã) harmonizada com Schloss Lieser Riesling Niedeberg Helden Spatllese.

Esse jantar será no dia 22 de junho, na Vinheria Percussi (Rua Bianchi Bertoldi, 109, Pinheiros, São Paulo – Capital), às 20 horas, e custa R$ 890,00 por pessoa. São apenas 20 vagas e as reservas podem ser feitas via WhatsApp pelo seguinte número: (11) 95916-0943.

A segunda atividade é um Flight com taças Wittmann, 50ml de cada incluindo dois Grand Cru. Serão servidos os seguintes vinhos:

• Wittmann Riesling trocken;
• Wittmann Niersteiner Riesling trocken (Premier Cru);
• Wittmann Westhofener Riesling trocken (Premier Cru);
• Wittmann Kirchspiel Riesling trocken (Grand Cru); e
• Wittmann Morstein Riesling trocken (Grand Cru).

O evento será no 23 de junho, das 19 às 23 horas, no Restaurante Cais (Rua Fidalga, 314, Vila Madalena, São Paulo – Capital). Mais informações: www.getinapp.com.br.

2. Rede Vitória Hotéis amplia rótulos próprios produzidos por vinícola italiana

Desde 2017, os restaurantes da Rede Vitória Hotéis – Bellini, Kindai, Vitorino, Vick e Bar Maria Azeittona – contam na carta de vinhos com o exclusivo Don Vittorio, um tinto feito sob encomenda e em edição limitada produzido pela Tenuta Piccini, vinícola italiana localizada na região da Toscana. Trata-se de um blend feito com 80% de uvas Sangiovese, 10% Merlot, 5% Colorino e 5% Cabernet Sauvignon.

Como o sucesso entre os clientes foi tão grande, a rede não só importou um segundo container deste vinho, como trouxe junto outros dois rótulos da vinícola para incluir em seu portfólio: o branco Tenuta Moraia Vermentino e o Chianti Clássico Valiano (95% Sangiovese e 5% Merlot).  Os preços são bem interessantes: o Don Vittorio 2021 sai por R$ 120,00; o Tenuta Moraia Vermentino 2020 por R$ 135,00; e o Valiano Chianti Classico DOCG 2019 custa R$ 189,00.

 A Rede Vitória Hotéis opera cinco hotéis no interior paulista, sendo três em Campinas (Vitória Hotel Concept Campinas, Vitória Hotel Residence NewPort e Vitória Hotel Express Dom Pedro), um em Indaiatuba (Vitória Hotel Convention Indaiatuba) e outro em Paulínia (Vitória Hotel Convention Paulínia). Mais informações: www.vitoriahoteis.com.br.

(*Com informações Assessoria de Imprensa)

*Lalá Ruiz é jornalista formada pela PUC-Campinas. Trabalhou no extinto jornal Diário do Povo e no Correio Popular, ambos de Campinas (SP). Gosta de rock, blues, jazz, Clube da Esquina, pop latino, flamenco, literatura, televisão e cinema. É torcedora do Santos F.C. e criadora do IG @oassuntoevinho.