Arroz para adoçar a boca e acalmar o espírito

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arroz-docePor Érika Soares

Um dos quitutes típicos da festa junina, apreciado por crianças e adultos, é o arroz-doce, também conhecido por algumas pessoas como arroz de leite. A tradição dos brasileiros em consumir o doce vem dos portugueses – a iguaria tornou-se comum na Europa por volta do século XIII -, que por sua vez o receberam dos árabes.

Essa misturinha deliciosa do cereal com açúcar, leite e canela (que pode ter outros saborosos ingredientes – leite de coco, creme de leite e leite condensado – e especiarias – cravo ou baunilha) é capaz de trazer lembranças da infância, da casa da avó, ou um acalanto em momentos turbulentos, como bem conta a escritora Isabel Allende, em seu livro Afrodite.

“É meu doce preferido e por isso, em 1991, em um restaurante de Madri, pedi quatro pratos de arroz-doce e, para complementar, um quinto de sobremesa. Comi todos eles sem piscar, com a vaga esperança de que aquele nostálgico prato da minha infância me ajudaria a suportar a angústia de ver minha filha muito doente. Nem minha alma, nem minha filha se aliviaram, mas o arroz-doce ficou associado na minha memória a consolo espiritual”.

Uma curiosidade interessante sobre o arroz-doce é revelada pela jornalista Roberta Malta Saldanha no livro Histórias, Lendas e Curiosidades da Gastronomia. Na região de Coimbra, os noivos entregavam o convite de casamento com uma travessa do doce, que vinha coberta por uma toalha feita pela noiva. “Depois de uma semana, o casal voltava e, junto com a travessa, recebia o presente.”

Nos dias atuais, o arroz-doce além de presença certa nas festas juninas, também é uma sobremesa comum na mesa dos brasileiros, pois é além de saboroso é barato e gostoso de fazer.

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