Surge um novo talento no mundo do café

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Istael AlvesTexto e Fotos Érika Soares

Um novo talento desponta na gastronomia na região de Campinas, mais especificamente no mundo do café. Trata-se do jovem Istael Alves Pereira, mestre de torras e responsável pelo controle de qualidade dos grãos comercializados pela microtorrefadora Ateliê do Café Daterra, em Valinhos.

Com apenas 19 anos, o campineiro é uma grata descoberta da Fundação Educar, que pertence ao Grupo DPaschoal, assim como o Ateliê onde trabalha. Apesar da pouca idade, o rapaz já possui grande conhecimento de todo o processo que envolve a bebida mais consumida pelos brasileiros – da plantação à xícara.

Em entrevista ao Entre Sabores, ele revelou a paixão pelo café vem da infância e tem relação estreita com família, que possui uma plantação em Minas Gerais, onde possui lembranças brincando em meio às lavouras e ajudando a revirar os grãos no terreiro no momento da secagem.

Confira um pouco sobre a trajetória e algumas dicas para apreciar cafés de qualidade:

Entre Sabores: Como foi a trajetória até chegar ao Ateliê do Café?

Istael Alves: Cheguei ao Ateliê através de um projeto da Fundação Educar DPaschoal, que trabalha com jovens das escolas públicas onde foco é desenvolver o protagonismo, liderança e a multiplicação dos bons valores.  As empresas do Grupo DPaschoal – que é proprietária da Fundação e também a Daterra e o Ateliê do Café Daterra – buscam jovens potenciais para atuar no mercado de trabalho.

E.S: Você começou diretamente no setor que está agora?

I.A.: Entrei no Ateliê para trabalhar no setor administrativo, mas não deu muito certo e então fui ajudar na produção, onde acabei me identificando, pois era lá que a magia do café acontecia de verdade.
Desde o começo sempre busquei entender como as coisas deveriam acontecer para termos bons resultados, estava sempre ao lado do nosso mestre de torras, com quem aprendi muitas coisas.

E.S.: Quanto tempo vem se preparando para ter o papel que hoje representa no Ateliê?Istael Alves

I.A.: A empresa sempre proporcionou bons cursos, participei de workshops sobre degustação e fiz diversos cursos de barista, alguns com baristas vitoriosos de campeonatos famosos como WBC. Estas experiências foram fundamentais para entender a cadeia como um todo. Há alguns meses, assumi o papel de mestre de torras e o aperfeiçoamento deve ser constante.

E.S.: Quais são suas perspectivas pro futuro? Novos cursos, viajar para outros países?

I.A.: Sem dúvidas quero conhecer muitos outros países que tem influência no café, alguns da América central e África que produzem grãos de altíssima qualidade. E também alguns países da Europa e América do Norte que tem muitos torrefadores conhecidos.

E.S.: Hoje, o que o café representa em sua vida?

I.A.: Sem dúvida, é uma das minhas maiores paixões!! Hoje eu não digo que vivo do meu trabalho e sim que vivo o meu trabalho. Tenho muitos amigos no ramo, projetei meus estudos pensando no café, e é nesse meio que me vejo por muitos anos.

E.S.: Depois de conhecer tanto sobre a bebida, você deve ter uma preferência, não?

Quando o assunto é café, gosto sempre de estar provando coisas diferentes, novos métodos e novos sabores. Mas os cafés cítricos e os frutados são os meus prediletos.

E.S.:O que as pessoas devem observar na hora de escolher a bebida que vão comprar, pra fazer em casa ou em alguma cafeteria?

I.A: Para os que buscam qualidade, sempre optar pelos cafés especiais, observar a coloração e a data que a torra foi feita (pois após a torra o café perde qualidade muito rápido e deve ser consumido o mais brevemente possível).

E.S: E na hora do preparo da bebida, o que é preciso fazer para ter um café mais saboroso na xícara?

I.A.: Ter sempre a moagem compatível com o método de preparo que for utilizar, usar água mineral ou filtrada (se possível os dois), não jogar a água fervendo no pó, para que não queime o café (o ideal e preparar assim que a água entrar no estado de pré-ebulição 92° á 95°), e quando for usar os filtros de papel, sempre lavar antes com água quente para retirar os aromas indesejados da celulose e seu gosto amargo.

Para finalizar, o que você indica para quem quer entrar nesse universo do café?

I.A.: O mais importante para quem quer crescer no meio do café, é ser curioso e questionador. Nunca aplicar algo sem testar e ter certeza, pelo menos eu sempre procuro fazer isso!

>>> Leia mais sobre o Ateliê do Café Daterra

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