Altos de Pinto Bandeira: a nova DO brasileira

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Por Lalá Ruiz*

O vinho brasileiro acaba de ganhar uma nova denominação de origem (DO). Trata-se da DO Altos de Pinto Bandeira, título este que se refere aos espumantes naturais produzidos numa área de 62 quilômetros quadrados compartilhada pelos municípios de Pinto Bandeira (76,6%), Farroupilha (19%) e Bento Gonçalves (4,4%), na Serra Gaúcha.

A concessão foi publicada na última terça-feira (29 de novembro), na edição de número 2.708 da Revista da Propriedade Industrial do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), órgão do Governo Federal. Esta é a primeira denominação de origem exclusiva de espumantes no Brasil e é resultado de um processo iniciado há 10 anos pela Associação dos Produtores de Vinho de Pinto Bandeira (Asprovinho).

“Formalizar o que já estamos desenvolvendo há muitas safras é brindar a persistência de todos os envolvidos, unidos num único propósito. Agora podemos trabalhar na consolidação do posicionamento da marca no cenário nacional e no mundo do vinho. Isso porque a DO dos Altos de Pinto Bandeira é a única DO exclusiva de espumantes do Novo Mundo.”

DANIEL GEISSE
Presidente da Asprovinho

Durante essa empreitada, a Asprovinho contou com os seguintes parceiros: Embrapa Uva e Vinho, Universidade de Caxias do Sul (UCS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Sebrae Nacional, Sicredi Serrana e Prefeitura de Pinto Bandeira.

Na prática, essa concessão significa que, a partir de agora, as garrafas de espumante natural oriundas da região exibirão o Selo da DO como uma garantia de procedência, da qualidade das uvas e também de todo o processo de obtenção da bebida. A expectativa é de que os primeiros espumantes com a nova DO cheguem ao mercado a partir de 2023.

Quais são as vinícolas beneficiadas

Terão direito ao uso do Selo da DO em seus espumantes naturais as vinícolas Aurora, Don Giovanni, Família Geisse e Valmarino. Para tanto, todas têm de cumprir regras rigorosas de controle, desde o cultivo das uvas até o engarrafamento.

A começar pelas variedades autorizadas. A saber: Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico. Aliás, além de cultivadas na área geográfica delimitada, as plantas também precisam ser conduzidas pelo método espaldeira. Considerado moderno, prático e de fácil manejo, esse sistema consiste em cultivar a videira em formato de cerca com até dois metros de altura, e com brotos dispostos verticalmente, na posição ascendente.

Para receber o Selo, os espumantes devem ser feitos com as uvas Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico (Foto: Canva)

Outro ponto interessante: a interação entre clima, solo e videira na região resulta, por exemplo, em uvas com maturação moderada e equilíbrio entre acidez e açúcar. Ou seja, as características de cor, aroma, paladar e estrutura são determinadas pelo meio geográfico.

Um brinde aos espumantes naturais Altos de Pinto Bandeira!

(*Com informações Assessoria de Imprensa)

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EM TEMPO

Uma história linda que merece ser conhecida

O Portal G1 publicou, na última quarta-feira (30 de novembro), uma reportagem produzida pela BBC News que conta a história Kanaye Nagasawa, o primeiro japonês a fixar residência nos Estados Unidos e que ajudou a implantar a indústria do vinho na Califórnia. Diz o título: “O samurai que fugiu do Japão e se tornou o rei do vinho na Califórnia no século 19”. É uma trama que até parece ficção e merece ser conhecida por todos os que se interessam pela história do vinho.

Para quem ficou curioso, segue o link: g1.globo.com/mundo.

*Lalá Ruiz é jornalista formada pela PUC-Campinas. Trabalhou no extinto jornal Diário do Povo e no Correio Popular, ambos de Campinas (SP). Gosta de rock, blues, jazz, Clube da Esquina, pop latino, flamenco, literatura, televisão e cinema. É torcedora do Santos F.C. e criadora do IG @oassuntoevinho.

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